domingo, 7 de junho de 2009

Jardim do Palácio Nacional de Queluz-Lisboa


Como seria de esperar o restauro dos jardins ficaram muito aquém do que seria de esperar. Passados cerca de dois anos sobre o encerramento do espaço, devido à sua extrema degradação, era impossível o restuaro em seis meses de um jardim que estava abandonado há décadas.
Uma parte, ainda que diminuta, dos 16 hectares dos jardins foi limpa, alguns lagos e algumas estátuas de pedra e chumbo foram recuperados. Algumas árvores e umas quantas flores foram plantadas, nas áreas mais nobres, e a água corre, embora timidamente e sem pressão em algumas fontes. A cascata grande foi pintada e regressou à vida, as sebes de buxo foram talhadas nos percursos principais e os plátanos cujas raízes estavam a destruir os azulejos do canal, foram arrancados.Os sistemas hidráulicos concebidos por Manuel da Maia no séc.XVIII, não foram recuperados na sua totalidade fazendo com que a água corra com pouca pressão e de forma tímida.

Algumas estátuas de chumbo encontavam-se muito deterioradas.








De salientar que uma parceria com o World Monument Fund (WMF) para Portugal, organização mecenática tornou possível a recuperação de algumas estátuas de John Cheere.





O quatro primeiros grupos escultóricos, “O rapto de Perséfone", “Eneias salvando Anquises”, “Vertumnus e Pomona” e “Meleagar e Atlanta” foram levados para Inglaterra a fim de serem restaurados pelo atelier de Rupert Harris, tendo regressado já a Portugal.






As estátuas foram restauradas em Londres.

Após a conclusão do trabalho de restauro, as estátuas de chumbo “O rapto de Proserpina, “Eneias e Anchises”, “Vertumnus e Pomona” estiveram temporariamente expostas na sala de escultura do museu Vitória & Albert antes de regressarem ao nosso país.



O rapto de Pérsefone

Na Grécia Antiga, o primeiro dia da primavera era o dia em que Perséfone, prisioneira nas profundezas da terra durante seis meses, ressurgia ao regaço de Deméter, sua mãe. Conta Homero que no sudeste da Europa havia um tempo em que reinava a eterna primavera. A erva era sempre verde e espessa e as flores nunca murchavam. Não existia o Inverno, nem terra infértil, nem fome. A responsável de tanta maravilha era Démeter, a quarta esposa de Zeus. Deste matrimónio nasceu Core, chamada Perséfone. Uma jovem bela, adorada pela sua mãe, que costumava ir brincar para um campo repleto de flores. Um dia, passou por aquele campo o terrível Hades no seu temível carro puxado por cavalos. Apaixonou-se por Perséfone e raptou-a levando-a para o subsolo, o território onde vivia. Deméter, ao dar pela falta da filha, empreendeu uma peregrinação de nove dias e nove noites, à sua procura. Ao décimo dia o Sol, que vê tudo, atreveu-se a confessar-lhe quem a tinha levado. Irritada, Démeter decidiu abandonar as suas funções e o Monte Olimpo. Viveu e viajou pelo mundo. Esta ficou desolada e sem frutos uma vez que, privada da sua mão fértil, a terra secou e as plantas não cresceram. Zeus ao ver este desastre viu-se obrigado a intervir mas não pôde devolver-lhe a filha, pois Perséfone já tinha provado o fruto dos infernos (a romã) e por isso era-lhe impossível abandonar as profundezas e regressar ao mundo dos vivos. No entanto, foi possível um acordo: uma parte do ano Perséfone passaria com o seu esposo e, a outra parte, com a sua mãe. Quando Perséfone regressa para estar um tempo com a sua mãe, Démeter mostra a sua alegria fazendo crescer as flores e os frutos, deixando a terra verde. Quando a jovem desce ao subsolo, o descontentamento da sua mãe demonstra-se pela tristeza do Outono e do Inverno. Assim se renova anualmente o ciclo das estações e assim explicavam os gregos a sucessão entre elas: o Outono e o Inverno são tristes e escuros como o coração da Deméter ao estar separada da sua filha. A alegria e a serenidade retornam quando voltam a estar juntas, quando começa a Primavera.

1 comentário:

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