sábado, 7 de dezembro de 2013

O fim da árvore mais antiga do mundo

Em 1964, um pinheiro (Pinus longaeva) foi cortado no Nevada (EUA), em nome da pesquisa científica. Após a contagem dos seus anéis, o mundo descobriu que ele tinha cerca de 5.000 anos. Acabou por ser morto  aquele que na época, era o ser vivo mais antigo da Terra.
Donald Currey foi o responsável pelo “assassinato”. Ele estava à procura de evidências sobre a Pequena Idade do Gelo, um período de tempo entre os anos 1300 e 1800, no qual a temperatura da Terra presumivelmente caiu ligeiramente, atingindo seu ponto mais baixo algures perto do ano 1600.

Ele queria encontrar uma árvore que tivesse vivido todo esse período para que pudesse estudar os seus anéis, e  localizou-a no que é hoje o Great Basin National Park, um parque florestal no Nevada. Para analisá-la, decidiu usar uma ferramenta de perfuração para tirar uma amostra.
No entanto, a madeira desse exemplar era muito densa, e a árvore era muito grande, tendo prendido a sua ferramenta de perfuração. Ele não poderia retirar a amostra sem uma motosserra. Nessa altura, ninguém sabia quantos anos essas árvores realmente tinham. Elas viviam num clima severo, e a árvore que o cientista queria cortar tinha uma aparência retorcida e abatida.


Foi só mais tarde, depois de contar mais de uma vez para ter certeza, é que ele se deparou com a dura realidade de que aquele ser, até então vivo, tinha mais de 5.000 anos de idade. Na época, isso tornava-a a mais antiga árvore conhecida no mundo. Nem o nome dado por um grupo de amantes da natureza, a conseguiu salvar: Prometeu.
Após esse dramático acontecimento descobriu-se que outro pinheiro da mesma floresta, Matusalém, também tinha cerca de 4.841 anos .... mas esse está vivo e secretamente protegido pelo Serviços Florestais.

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